sexta-feira, 15 de maio de 2009

TRAGO – COLETIVO DE ARTE e AÇÃO SOCIAL

O coletivo TRAGO nasce das inquietações das artistas diante de sua realidade social, realidade essa que transcende a sua particularidade por compartilhar necessidades, sonhos e conflitos em escala global. Afinal o advento da globalização mundializou riquezas e informações, ao mesmo tempo em que fortaleceu distâncias sociais e econômicas.
Criado no nordeste brasileiro, mais precisamente na cidade de Salvador, porto de transbordo da escravidão, em que hoje se observa claramente o produto da miscigenação, é também uma cidade que promove distâncias. É em diálogo com essas distâncias que surge o coletivo TRAGO-COLETIVO DE ARTE E AÇÃO SOCIAL.
O coletivo TRAGO opera com dois conceitos fundamentais, o conceito de política em Hannah Arendt e a análise sobre outsiders em Nobert Elias.
Para Arendt só existe política entre iguais, pois sendo política discurso, nada a priori pode valorar aquém e além do embate entre as idéias. A questão é que colado ao processo de urbanização está a radicalização das distâncias sociais, junto a todo uma estrutura normativa que organiza a visibilidade e a invisibilidade social, logo como produzir um outro olhar entre os estabelecidos sobre os outsiders? Ou ainda como produzir um empoderamento via arte dos outsiders?


Dani Felix

corpo manifesto[1] Tomara que não chova-Salvador-BA